quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Secretário estadual de minas e energia conhece obras da Hidrelétrica Cazuza Ferreira

As obras da Hidrelétrica Cazuza Ferreira, às margens do rio Lajeado Grande, no Distrito de Cazuza Ferreira, em São Francisco de Paula, foram visitadas, na sexta-feira, dia 16, pelo secretário estadual de minas e energia, Lucas Redecker. Acompanhado por assessores e pelo prefeito de São Francisco de Paula, Antonio Juarez Hampel Schlichting, Redecker foi recepcionado por diretores e colaboradores da Certel, Coprel e Geopar, as três sócias do empreendimento que, com uma potência instalada de 9.100 kilowatts (kW), vai gerar energia limpa para mais de 27 mil pessoas a partir do ano que vem. Até 1996, o mesmo local abrigava uma pequena usina de 150 kW da Cevicaf, cooperativa que acabou sendo incorporada pela Certel em 2001.
Os visitantes conheceram todas os setores da futura usina, como a barragem, casa de máquinas, tubulação forçada, tomada d’água e o local em que será construída a subestação elevadora. Com 85% de suas instalações concluídas, a hidrelétrica segue o padrão dos demais empreendimentos das cooperativas, respeitando as normas e legislações ambientais vigentes. Tanto que um dos focos desta obra é a manutenção do aspecto cênico da cachoeira existente nas proximidades do local.

Benefícios
O presidente da Certel, Erineo José Hennemann, enalteceu a importância da visita do secretário Redecker, visto que a Cazuza Ferreira está entre as duas hidrelétricas em construção atualmente no Rio Grande do Sul. Destacou o engajamento de lideranças da Certel, Certaja e Cevicaf, que contribuíram para que o empreendimento se viabilizasse, e sublinhou as riquezas que serão repassadas a São Francisco de Paula através da geração de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “Muitos benefícios serão possibilitados, principalmente à comunidade de Cazuza Ferreira, que passará a ser vista de uma maneira diferenciada com esta hidrelétrica”, pontuou.
Juntamente com os gerentes de engenharia e planejamento, Hélio Pires; de implantação, Carlos Jachimovski; e administrativo-comercial, Juliana Brune; o diretor de geração da Certel, Julio Salecker, frisou que as obras iniciaram em julho de 2014 e o início da operação comercial está previsto para março de 2016. Enfatizou que a hidrelétrica é certificada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como Mecanismo de Desenvolvimento Limpo e que estão sendo investidos na obra em torno de R$ 34 milhões.

Exemplo
“É muito importante sair de dentro da Secretaria e avaliar, in loco, a dimensão das obras e o quanto elas são significativas”, avaliou Redecker, acrescentando que a Cazuza Ferreira servirá de exemplo pelo baixo impacto ambiental e pelo retorno que dará à sociedade. “Vemos que, sendo bem feito, com estudo, competência e acompanhamento técnico, temos um impacto e uma dimensão muito menor do que muitas vezes se debate, mostrando que investir em energia hídrica é fundamental”, afirmou.
Segundo o secretário, cooperativas como Certel e Coprel servem de exemplo para a sociedade e até para outros estados. Na visão de Redecker, muitos empreendimentos só se tornaram possíveis por serem administrados por cooperativas. “Vemos que as cooperativas de eletrificação rural geralmente chegam a lugares e regiões com dificuldade de acesso por serem incansáveis”, completou.

Desenvolvimento
Acompanhado pelo secretário de administração, Marcos Davi Kirsch, e pelo vereador, Assis Tadeu Barbosa Velho, o prefeito disse que acompanha o projeto da obra desde 1993, quando era vereador, e considera o investimento importante do ponto de vista econômico, social e ambiental. Avaliou a futura usina como um case de sucesso e de integração do desenvolvimento com cuidado ambiental. Considerou-a como uma prova de que se pode gerar energia e ajudar o município, o estado e o país sem danificar o meio ambiente, preservando-o e direcionando os investimentos para projetos socialmente viáveis. “Temos aqui um empreendimento moderno, limpo e muito bem organizado, com tecnologia de ponta. Vai gerar grandes dividendos e uma receita significativa para São Francisco de Paula. Por gerar energia limpa, também ajudará o país a diminuir a necessidade de geração por termelétricas, que geram grande impacto ambiental”, comentou.

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