Nossa História

 

Tudo começou com um forte desejo de mudanças. A falta de energia elétrica moveu sonhos que se transformaram em realidade, numa pequena vila chamada Teutônia, no interior do Rio Grande do Sul.

Certa vez, um homem com muita determinação e com visões para o futuro, decidiu dar o primeiro passo para uma grande história. Estamos falando de Reinoldo Aschebrock. Nascido em Linha Frank, Teutônia, em 1908, Reinoldo tinha espírito de mudanças e de cooperação.  Ainda muito jovem, com um vasto conhecimento, Aschebrock começou a frequentar o curso noturno, estudando por conta própria os princípios da eletricidade. O desejo por sempre aprender mais fez com que ele praticasse seus conhecimentos em uma microusina hídrica de seu pai.                         

O tempo foi passando e Aschebrock idealizava uma usina hidrelétrica para atender sua região. Porém, o alto custo desse investimento fez com que o mesmo deixasse de lado tantos planos almejados.

No início da década de 50, a energia elétrica tinha pouco desenvolvimento em todo território brasileiro. Nas pequenas cidades, o fornecimento de energia era incapaz de atender todas as demandas. No meio rural, a situação era ainda mais precária.

Conquista, esforço e dedicação foram propostos para um grupo de moradores da vila, sob a liderança de Reinoldo. Na base da pá e picareta, após um ano e meio de trabalho, surge a barragem. Os agricultores também realizavam o levantamento de postes e a ligação dos cabos de energia.

Para dar andamento às construções, muitas viagens foram realizadas à capital do Estado, em busca de subsídios do poder público. Entre tantas idas e vindas, Reinoldo conversou com o engenheiro Odyr Heitor Thiesen, na época, diretor da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE). O mesmo deu todo o apoio necessário para a construção da Barragem da Harmonia.

Em 24 de janeiro de 1950, luzes se acendiam, a emoção tomava conta de todos os moradores da vila e arredores. A tão aguardada usina, com 75 kVA, entrou em funcionamento. Mais tarde, em 1958, outra usina com uma potência de 75 kVA foi construída, totalizando 150 kVA. O investimento foi suficiente para que todas as residências de Teutônia pudessem usufruir da energia elétrica.

Com problemas no fornecimento e moradores que desejavam usufruir da eletricidade em suas residências, no ano de 1955, Reinoldo novamente foi a Porto Alegre e, em contato com o engenheiro Odyr, teve toda assistência para fundar uma cooperativa.

Aliando a energia ao associativismo, a escuridão já não fazia mais parte nos lares de propriedades rurais e pequenas cidades. Nascia ali mais uma conquista, uma das maiores cooperativas de eletrificação da América Latina.

Em 19 de fevereiro de 1956, surgia a Cooperativa de Eletricidade Rural de Teutônia Ltda. – Certel, cujo primeiro presidente foi o senhor Reinoldo Aschebrock. Com grande personalidade e o método contumaz de trabalho, Reinoldo fez com que esse legado permanecesse aos seus sucessores, deixando oportunidade para que outras pessoas contribuíssem no crescimento da empresa. Em 1966, Aschebrock afastou-se da presidência e Ewaldo Ahlert assumiu o mandato até a eleição do novo presidente. Em 20 de outubro de 1966, foi realizada a Assembleia Geral Extraordinária, onde Wilmuth Gunter Richter foi escolhido para assumir a presidência da Certel. Com bom desempenho em sua função, Wilmuth foi reeleito, permanecendo no cargo até fevereiro de 1971.

Em março de 1971, Egon Édio Hoerlle foi eleito presidente da cooperativa, que contava com 584 sócios. Novas incorporações foram acrescentadas ao patrimônio da Certel, um novo ciclo se iniciava. Hoerlle presidiu a cooperativa até março de 2014, sendo sucedido pelo atual presidente, Erineo José Hennemann.

Pensando na comodidade de seus associados, em virtude das instalações de redes elétricas pelo município, em 1966, a Certel instalou uma loja de material elétrico na Vila de Teutônia. Já em 1971, a empresa inaugurou a primeira filial na cidade de Lajeado.  Em 1972, foi instalada outra filial em Salvador do Sul. Mais tarde, em outubro de 1977, com novo prédio e uma linha de materiais elétricos e eletrodomésticos, a nova loja foi inaugurada. A partir daí, a procura constante dos associados e a confiança na cooperativa fizeram com que os investimentos aumentassem.

A Certel desenvolvia-se cada vez mais. Pensando sempre no bem-estar de seus associados, em 1974, a cooperativa implantou o auxílio pecúlio (seguro de vida), em caso de falecimento do associado ou cônjuge. Em abril de 1975, por decisão da Assembleia Geral Extraordinária, a área de atuação da Certel foi novamente ampliada. Ao final do ano, a cooperativa já contava com 6.766 associados.

Intensificando o contato com o associado e pensando em um canal de comunicação para seu público, em março de 1977, a Certel lançou o “Jornal Choque”. Com distribuição mensal e gratuita, o jornal destaca acontecimentos da cooperativa e determinados assuntos sociais. Em 1982, foi lançado o programa de rádio Contato Direto.

Em 27 de março de 1980, a cooperativa passou a denominar-se Cooperativa Regional de Eletrificação Teutônia Ltda. – Certel, tendo em vista que já tinha deixado de ter uma atuação meramente local, expandindo seus serviços além das fronteiras da região do Vale do Taquari.  No início dos anos 90, a empresa, junto com as demais cooperativas de eletrificação do Estado, aderiu ao programa de autogestão e autocontrole, mantendo até hoje um desempenho que a coloca no “ranking” brasileiro entre as melhores distribuidoras de energia elétrica.

A partir de 1995, foi aprovada uma série de leis que regem o Setor Elétrico Brasileiro, nas atividades de geração, transmissão, distribuição e comercialização da energia elétrica. No mesmo ano, foi sancionada a Lei 9.074/95, que ordena que as cooperativas de eletrificação rural devam separar jurídica e patrimonialmente as atividades típicas das atípicas.

Em 06 de dezembro de 2002, a Certel realizou o maior investimento de sua história: a inauguração da Hidrelétrica Salto Forqueta e da Subestação de Canudos do Vale. No dia 27 de outubro de 2005, ocorreu a inauguração da Hidrelétrica Boa Vista. A obra foi de repotencialização, garantindo energia elétrica para 1,3 mil residências.

Em 2006, a cooperativa comemorou com muito orgulho seus 50 anos. Foram diversas conquistas, aprendizados e o grande poder da cooperação de muitas pessoas. É assim que a Certel tornou-se a maior e mais antiga cooperativa de eletrificação em atividade no País.

No ano de 2007 iniciou-se uma nova fase para a cooperativa. Adequando-se às normas da legislação do Setor Elétrico Brasileiro, a Certel teve de separar as atividades de energia dos demais negócios (Lojas Certel, Geração de Energia e Certel Artefatos de Cimento).

Em 28 de setembro do mesmo ano, foi aprovada, em Assembleia Geral Extraordinária, a criação da Cooperativa de Distribuição de Energia Teutônia - Certel Energia, que entrou em vigor no dia 1º de maio de 2009, englobando as atividades de distribuição de energia elétrica da cooperativa. Desde esta mesma data, os demais negócios estão ligados à Cooperativa Regional de Desenvolvimento Teutônia - Certel.

Em julho de 2013, foi inaugurada a Hidrelétrica Rastro de Auto e, em fevereiro de 2016, a Hidrelétrica Cazuza Ferreira.

No ano de 2018, numa área de 204 m², com energia limpa e renovável, a Usina Fotovoltaica foi instalada junto à sede administrativa da cooperativa. A usina está aberta para visitações, onde o principal objetivo é o conhecimento sobre energias renováveis, suas vantagens e funcionamento.

Em 2020, um novo investimento será realizado, a Hidrelétrica Vale do Leite, no Rio Forqueta, entre Coqueiro Baixo e Pouso Novo. A usina terá capacidade para atender aproximadamente 18 mil famílias, garantindo uma energia de qualidade, visando à sustentabilidade e uma comercialização justa aos nossos associados.

Atualmente, com mais de 72 mil associados, buscamos ser referência em nossos serviços, com excelência no fornecimento de energia elétrica, acompanhando o mercado tecnológico e visando a proximidade de nossos associados com a cooperativa.